29 agosto 2017

Que mal pode haver por trás das mídias sociais?

Texto retirado do Canção Nova

As mídias sociais não podem afastar as pessoas do convívio social.


Será mesmo verdade que as pessoas convivem mais virtual que fisicamente com sua família e amigos? Quantos amigos reais você tem e quantos virtuais? Amigos reais e virtuais são a mesma coisa? Consigo terminar as tarefas que comecei, sem olhar as mensagens e as interações no celular? O impacto das tecnologias em nossa vida só cresce!

Conviver significa viver, sorrir, chorar e experimentar a vida ao lado das pessoas; é cair e ser levantado pelo outro, é levantar quem amamos de suas quedas. No entanto, se não sei o que meus pais e irmãos estão vivendo, o que posso fazer por eles? Estou convivendo, vivendo e compartilhando minha vida com eles ou profiro compartilhar nas mídias sociais?

Não despreze o diálogo

Jesus conviveu intensamente com aqueles que escolheu. Pregou, viajou, curou, comeu e participou de festas (Bodas de Caná, por exemplo). Jesus, mesmo sendo Deus, quis conviver com os apóstolos e também com Seus amigos.

Será que nossas redes sociais nos impedem de saber o que a pessoa do quarto ao lado está vivendo? Quando estamos à mesa, será que as refeições são conectadas? Conseguimos ter conversas profundas com quem amamos?

Um dia desses, na sala de aula, comentei com meus alunos sobre uma hashtag que vi: “Feriadão! Oba! Vou passar juntinho com minha família: Twitter e Netflix”. Os  próprios alunos  comentaram que passam muitas horas com as famosas séries. Um deles comentou estar assistindo 15 séries ao mesmo tempo. Até mesmo os colegas se assuntaram comigo, que mal assisti a uma ou duas completas.

Foi só mais um questionamento: e como fica a família? Como ficam os amigos reais, os estudos, o trabalho e as aulas? Como conseguir conciliar tudo isso e alimentar as redes sociais, responder as mensagens que, a toda hora, pipocam no celular?

Estudos revelam que, especialmente em sala de aula, o uso de tecnologias pode ajudar no aprendizado, mas, ao mesmo tempo, há pesquisas que demonstram a perda da atenção por parte de alunos.

Não perca o foco

Pesquisas do Professor Larry Rosen, da Universidade Estadual da Califórnia, revelam que a atenção dos seus pesquisados giram em torno de três a cinco minutos. Depois desse tempo, percebe-se a mudança do foco, a distração; e, assim, os trabalhos são feitos pela metade.

Você já deixou algum trabalhou ou atividade pela metade? A tecnologia teve influência na distração ou perda do foco?

Jesus chorou a morte de Lázaro, porque o amava, porque o conhecia e convivia com ele. Jesus gastava tempo com Seu amigo. Aliás, tempo é outra tag que não sai da moda: “Não tenho tempo para nada! Nem para respirar”, alguns falam. E o tempo com a família? Será que tenho me dedicado a eles o quanto merecem? Se longe estão, consigo ligar ao menos?

Quando o Whatsapp sair do ar novamente, aproveite para conectar-se com quem você ama. Se não sair do ar, faça você mesmo a opção de desconectar-se alguns minutos, para conectar-se com quem mais precisa da sua atenção: seus amigos, sua família!

24 agosto 2017

Qual o papel dos avós na nossa vida espiritual?

Texto retirado do site A12 - Jovens com Maria

Gostaria de lembrar de forma especial a importância que avós possuem nas nossas vidas e na transmissão da fé para as próximas gerações. Sabemos que a distância que separa avós e netos é maior do que simplesmente o passar dos anos. Com o avanço da tecnologia, os avós podem parecer aos netos como seres de outro mundo. Um mundo sem celular, internet, onde tudo acontecia de maneira mais lenta e que fica cada vez mais difícil de imaginar. Por isso é sempre importante relembrar o seu papel em nossas vidas.


O Papa Francisco, no término da JMJ Polônia, pedia com bastante insistência aos voluntários que ao preparar a seguinte JMJ pedissem conselhos aos avós. No entanto, a JMJ parece ser um evento muito avançado, cheio de luzes, cores e movimentos que, a princípio, poderia ser difícil de ser acompanhado por pessoas de outras épocas. Porque então o Papa pede isso? Não seria melhor que os jovens simplesmente se organizassem para fazer o melhor evento possível? Que ajuda eles podem dar se não conhecem muito da tecnologia que agora abre um monte de possibilidades para fazer um evento perfeito?

Em primeiro lugar há que dizer simplesmente que essa ideia de que os mais velhos não acompanham bem o que veem de novo é falsa. Minha avó mesmo me contava com muita alegria que na JMJ Rio de Janeiro, foi esperar o Papa passar pela rua e que achou linda aquela multidão de jovens passeando pelas ruas do Rio de Janeiro em um espírito de Fé. Na JMJ Cracóvia, me dizia uma e outra vez o quanto estava achando bonito tudo aquilo que estava acontecendo e que ela estava acompanhando pela televisão. Se bem os avós podem não saber como funciona esse ou aquele recurso novo, isso não os impede de reconhecer o bom e o belo que pode prover daí.

Mas por outro lado, e mais importante do que o primeiro, o Papa nos pede isso porque sabe da importância da sabedoria dos mais velhos. Podemos chamar essa sabedoria também de tradição. Na Igreja vivemos tanto do novo, da Boa Nova que é o Evangelho, quanto da Tradição que é justamente o meio pelo qual nos chega o Evangelho que por ser antigo não deixa de ser sempre o Novo com letra maiúscula. Uma passagem muito bonita da Bíblia nos mostra isso de forma muito simples, mas muito significativa. Ela se encontra na segunda carta de São Paulo a seu discípulo Timóteo: “Evoco a lembrança da fé sem hipocrisia que há em ti, a mesma que habitou primeiramente em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice e que, estou convencido, reside também em ti. ”

Uma fé que não esteja enraizada na Tradição é uma fé sem raiz e, portanto, que não pode crescer. É, por outro lado, uma fé sem norte, sem guia, capaz de nos levar por onde o vento soprar mais forte. Por isso é tão importante que em nossas vidas nos apoiemos naqueles que vieram antes de nós e que são os que possuem encarnadas a tradição da qual bebemos e que forma nossa identidade. Essa é a missão dos nossos avós: Passar para nós essa fé sem hipocrisia da qual fala Paulo. A nossa, consequentemente, é receber essa fé, encarná-la em nossas vidas de modo que também nós possamos passa-la adiante.

21 agosto 2017

Pais, um problema?

Texto retirado do site A12 - Jovens com Maria

Quem nunca teve problema com o pai ou a mãe, não sabe direito o que é ser adolescente. Isso eu posso falar com certa propriedade, porque tenho experiência no assunto e, pelo que vemos por aí, parece que o negócio é generalizado. Aquela coisa de “Ah meus pais não me entendem!”, “Ah minha mãe tira minha paciência!”, “Ah meu pai faz eu passar vergonha!”, é muito comum em uma determinada fase de nossas vidas. E realmente chega um tempo em que parece que nós vivemos em mundos diferentes dos nossos familiares. Mas como a gente deve agir nessas horas? Dá vontade de fugir de casa dá, não é? Vamos refletir um pouco sobre isso hoje?


Os pais da gente têm a mania de justificar tudo o que fazem por nós dizendo que só pensam no nosso bem. De fato, eu hoje tenho que concordar com eles. Não há dúvidas que nossa família pense sempre no melhor para nós. Apesar de eu não ser lá esse modelo de maturidade, eu hoje consigo enxergar isso. Quando tinha meus 15 anos tudo me irritava nos meus pais. O jeito que eles me tratavam, as tarefas que eles me davam dentro de casa e inclusive a intromissão em minhas amizades, me deixava chateado. Tudo sempre era justificado pelo desejo de que eu fosse uma pessoa boa e nunca me metesse em alguma roubada. O certo é que um pai dizer isto para seu “aborrecente” é garantia de não ser compreendido. Claro! Nessa idade, geralmente, a gente pensa que já é crescidinho o bastante para saber onde põe os pés, afinal não somos mais crianças. E olha...vou te contar... esse negócio de sair da infância e partir pra vida adulta é tão complicado! Entre esse salto da criança para o adulto existe uma espécie de lacuna no tempo, que é chamada de adolescência, e é onde a gente fica numa dúvida danada entre o desejo da independência e o medo de encarar a vida. Pois é, nos achamos superiores por vermos nossas mudanças físicas e acreditamos que as mudanças mentais acontecem na mesma velocidade. Mas basta a gente ver uma situação mais complicada que corremos feito menininhos pra barra da saia da nossa mãe. É uma crise! Ser adulto ou ter a garantia da proteção da mamãe e do papai?

Nesse tempo esta relação que foi construída tão forte na infância se desgasta. Afinal, agora não somos mais o príncipe da mãe e nem queremos mais ser a princesa do pai. Ao mesmo tempo, somos inteiramente dependentes deles porque, enfim, não sabemos caminhar com nossas próprias pernas. Eu não quero de jeito nenhum fazer aqui um discurso como uma pessoa de 40 anos. Mas no auge dos meus 23, hoje consigo enxergar que toda chateação que tive com meus pais na minha adolescência valeu a pena. Porque sabe aquela coisa de “um dia você vai entender”? Pois é, eu já consigo enxergar isso. Nada que um pai faça ao filho, ele o faz para prejudicá-lo. A gente é que não entende direito. Eu me recordo muito bem que minha mãe, às vezes, chamava todo mundo lá de casa para rezar o terço juntos. Você não imagina o quanto eu ficava chateado com aquilo, porque achava o terço uma oração extremamente cansativa. Hoje minha devoção por Nossa Senhora se deve a este ato que fazíamos juntos lá em casa, mesmo sem eu ter vontade. Tudo na vida tem um porquê.

Posso até estar parecendo um velho falando isso tudo, mas garanto a você que está lendo esse texto agora, que ainda hoje eu tenho minhas chateações com meus pais. Eles ainda querem me controlar, saber onde eu estou, com quem estou, a diferença é que hoje eu sei que isso é bom. É bom porque tenho a certeza que há alguém que se preocupa comigo, me dando sempre a confiança de que eu tenho um porto seguro. E é isto que nossa família deve representar para nós, esta segurança de termos uma mão que vai estar permanentemente conosco. E não se engane! Os pais nunca vão deixar de ser chatos! E essa chatice é a melhor forma de transmitir o amor deles por nós!

18 agosto 2017

Pra que ser cheio, se no fundo estamos vazios?

Somos cheios, isso não podemos negar. Cheios de amigos, cheios de novidades, cheios de sorrisos, cheios de compromissos, ou estamos cheios de solidão, de amargura, de saudade, de tristeza. Mas estamos sempre cheios.


Acontece que na cultura obsoleta que temos presenciado, onde o descarte é a arma letal, podemos até estar cheios, mas na regra de Deus, estamos vazios, escassos, raros e sósQuem nunca esteve tão feliz que, do nada, parou e pensou: "-nossa, de onde vem tanta felicidade?". Ou então: "-porque tanta tristeza?". Questões e respostas em vão...

"Nada te perturbe, nada te espante,Tudo passa (...) quem a Deus tem, nada lhe falta:Só Deus basta."Santa Teresa D'Ávila

Na cultura do descarte em que vivemos, precisamos aprender uma regrinha fundamental para sofrer menos e evitar algumas decepções ou discussões desnecessárias. Santa Teresa D'Ávila vai direto ao ponto quando diz que SÓ DEUS BASTA. E Deus não exclui, Deus não afasta, Deus não desiste, Deus não nos deixa a sós... É na fraqueza do nosso coração que Deus nos preenche com seus raios de amor, raios estes que emanam de seu peito aberto na cruz para nos envolver. 

Deus é fiel a nós, mesmo que ainda não sejamos tão fiéis assim a Ele. Ele sempre tem nos dado uma nova chance para RECOMEÇAR do jeito certo. É mais que necessário, em pleno Século 21 eleger nossas prioridades de vida, prioridades do nosso coração e mais ainda, deixar que as prioridades de Deus, sejam nossas prioridades também.

Como Santa Teresa D'Ávila, nossa juventude precisa reconhecer que é tempo de permitir que Deus seja Deus em nós, fazendo a experiência de enxergar Deus não como um ser distante, mas um Deus presente, amigo, amor... Só Deus basta! As demais coisas, pessoas, sentimentos e afetos tantas vezes passam, mas Deus não muda, Ele permanece ali, pronto para duas únicas atitudes: amar e perdoar. Do amor e do perdão brotam as curas, as conversões, as transformações e Deus não é um meio Deus, muito pelo contrario: DEUS É UM DEUS INTEIRO. Não vive de metades como nós... Não vive de mendigar atenção e afeto como nós... vive de distribuir amor aos nossas corações, ou seja, aos corações daqueles sedentos da eternidade de Deus, só essa eternidade faz a diferença é trás respostas ao nosso coração.

Seja um(a) jovem de oração, de brilho no olhar e de vitórias, declare que só Deus basta e tenha sua vida transformada pela misericórdia de Deus.
Espere, ore, confie e creia.

#DeusAbençoeVocê #OCéuÉNóis #TamoJunto #SouJovemDoCéu

Autor: Danilo Regiani

14 agosto 2017

Perdi a vontade de rezar. E agora?

Texto retirado do site Aleteia


Perdi a vontade de rezar. E agora?


Há horas em que não sinto a menor vontade de dialogar com algumas pessoas, mas, porque preciso, acabo deixando minha vontade de lado e vou ao encontro delas, converso, trabalho, convivo e sigo em frente. Com Deus não é diferente. Às vezes, envolvo-me tanto com as coisas, que não sinto vontade de falar com Ele, ou seja, de rezar, mas porque sei que preciso e, até mais, dependo da Sua graça, vou ao Seu encontro por meio da oração.

É claro que isso exige empenho e perseverança, porque, na verdade, a vida de oração é um conquista diária; e como nenhuma conquista é isenta de lutas, é preciso lutar para ser orante. Aliás, Santa Teresa de Jesus afirma, em sua autobiografia, que oração e vida cômoda não combinam em nada; ela lembra ainda que uma das maiores vitórias do demônio é convencer alguém de que não é preciso rezar. Ou seja, quando o assunto é vida de oração, é preciso ter consciência de que se trata de um luta espiritual, e para vencer o único caminho é rezar com ou sem vontade. Até porque, como diz o ditado popular, “vontade dá e passa”. Se eu escolho deixar-me guiar apenas pelo meu querer, corro o risco de ser vazia, sem sentido.

Deserto espiritual

Eu sei que, com o passar do tempo e o acúmulo de atividades, corremos o sério risco de, aos poucos, irmos deixando a oração de lado ou rezarmos de qualquer jeito, até chegarmos a um “deserto espiritual” e termos uma certa apatia quando o assunto é oração. Mas é justamente, nesta hora, que precisamos ir além dos sentimentos e considerarmos que o “deserto também é fecundo” quando vivido em Deus, e pela sua misericórdia em nossa vida tudo é graça!

Consolações e desolações, alegria e tristeza, perdas e ganhos, tudo é fruto do amor de Deus, o qual permite vivermos as provas enquanto nos chama a crescermos e frutificarmos em toda e qualquer situação. Portanto, no ponto em que você está agora, volte a fixar sua alma em Deus e permita que Ele lhe devolva a si mesmo, pela força da oração.

Ao absorvermos tanta agitação e estímulos em nossos dias, acabamos perdendo o contato com nossa verdadeira essência, e ficamos tão distraídos e preocupados com tudo o que está acontecendo a nossa volta, que acabamos fragmentados, confusos e inseguros, sem nos lembrarmos de onde viemos, onde estamos e menos ainda para onde vamos. Só Deus pode nos reorientar.

Jesus tinha consciência disso quando disse a Seus discípulos: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação” (Mateus 26,41); eu diria, principalmente, a tentação de esquecer quem é você e qual é o seu papel neste mundo.

Então, vamos rezar?

Deixo aqui algumas pistas que podem servir para abrir caminho no seu relacionamento com Deus. Quando encontrar sua própria trilha, caminhará livremente e cada vez mais experimentará a alegria, que está na presença d’Ele por meio da oração.

1- Escolha o horário e o tempo que quer dedicar à sua oração e procure ser fiel a esse propósito. Assim como nos alimentamos diariamente, a oração deve ser o alimento diário da alma, aconteça o que acontecer.

2- Fundamente sua oração na Palavra de Deus e na Sua verdade. Fale com Ele com confiança e sem reservas, como quem fala com um amigo. Agindo assim, encontrará a paz e a harmonia interior que tanto procura, pois, como ensina São João da Cruz, “o conhecimento de si mesmo é fruto da intimidade com Deus, e é o meio essencial para a liberdade interior”.

3- Reze com humildade, detendo-se sempre na palavra: “Seja feita a vossa vontade”. Lembre-se de que sua oração não pode ser movida simplesmente por gosto ou exigência, mas, acima de tudo, por gratuidade e confiança na misericórdia de Deus.

4- Pratique o que você rezou e não desvincule suas obras da oração, pois uma coisa tem tudo a ver com a outra. Caridade, perdão, alegria, confiança, fraternidade e paciência são características de quem reza.

5- Tenha seu próprio ritmo de oração. A imitação e a comparação não ajudam em nada. A vida dos santos, por exemplo, são setas que apontam para o céu, mas é você quem deve dar seus próprios passos para chegar até lá. Desejo que em cada amanhecer e também nas “noites escuras” você experimente pela oração o amor e a verdadeira felicidade, uma vez que esta consiste em amar e sentir-se amado. E ninguém nos ama tanto quanto Deus. Se alguma vez você perder a vontade de rezar, já sabe o que deve fazer: reze assim mesmo e seja feliz!

10 agosto 2017

Força da oração

"Naquele tempo, Ezequias esteve doente, quase à morte. O profeta Isaías, filho de Amós, veio ter com ele e lhe disse: Eis o que disse o Senhor: põe em ordem a tua casa porque vais morrer, não te restabelecerás. Então Ezequias voltou-se para a parede e se pôs a orar ao Senhor; Senhor, disse ele, lembrai-vos de que tenho andado diante de vós com lealdade, de todo o coração, segundo a vossa vontade. E chorava abundantemente. Depois a palavra do Senhor foi dirigida a Isaías nestes termos: Vai dizer a Ezequias: eis o que diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi tua oração e vi tuas lágrimas, prolongarei tua vida por quinze anos..."Isaías 38, 1-5

Sempre quando falamos em oração, usamos a metáfora mais simples para explicá-la: ORAR + AÇÃO, quando compreendemos que a nossa oração deve trazer uma resposta de vida, de mudança, de renúncia, entrega e louvor.

Hoje aprofundando num sentido ainda maior da nossa ORAÇÃO.
Hoje descobrimos que só ora, aquele que mantém contato íntimo com Aquele a quem dirigimos nossas orações. A oração nos torna íntimos de Deus e nos faz compreender seus desígnios e desejos para nós.

O Rei Ezequias foi fiel ao desejo de Deus em seu reinado, e a palavra diz que nunca ouve um rei que governou com tanto poder e obediência ao Senhor em todos os tempos. No entanto, Ezequias é surpreendido pela notícia de que iria morrer. Ao contrário de todos nós, Ezequias se vira para a parede, para fugir de seus desejos humanos e da face humano, e dirige ao Senhor uma oração, como sempre o fez, pedindo a Deus direcionamento para governar. Deus ouve a oração de Ezequias e concede a ele mais 15 anos de vida.

Pois bem, nota-se que Ezequias primeiro ora, diante da notícia difícil que acabara de receber e depois chora.

Hoje em dia, pouco demonstramos as nossas emoções, e se demonstramos, deixamos que nossas emoções transpareçam somente a quem confiamos. Portanto, Ezequias era temente e íntimo do Senhor, tanto que teve sua oração ouvida e atendida.

Nós também podemos ter para com o Senhor este contato de intimidade, e é o que Ele mais sonha para nós. A nossa oração, a oração de um jovem obediente e íntimo do Senhor tem o poder de saquear o inferno, abalar as estruturas deste mundo e mover o coração de Deus. Nenhuma desculpa pode ser mais para deixar a oração... a todos nós, jovens de Deus, ela é o sustento para suportarmos as investidas do inimigo de Deus.

Para orar, bastar estar disposto a falar, mas principalmente, ouvir Deus falar nos nossos corações, mas cabe a nós, silenciar e ouvir a voz desse Deus que fala até mesmo no silêncio.

Quer orar? Então:
1- Não tenha pressa;
2- Mantenha, se possível, um horário fixo para o início das suas orações, nunca para o fim;
3- Tenha um local, de preferência em que possa estar sozinho(a) e sem a interferência de outras pessoas;
4- Queira se encontrar com Deus, ainda que naquele dia, você não esteja com vontade de orar;
5- Seja perseverante. Não permita que o cansaço, o desânimo ou a preguiça tomem o espaço de Deus em seu coração.

Essas dicas podem te ajudar muito a ser um jovem de Deus e de oração.
Paz e Bem.

#TamoJunto #OCéuÉNóis #SouJovemDoCéu

Autor: Danilo Regiani

07 agosto 2017

Qual é o seu nível de gratidão?

Texto retirado do site Aleteia

Existem 3 níveis de gratidão: descubra em qual você se encontra


Vou começar com uma pergunta… “Qual é o seu nível de gratidão?”
De cara a resposta seria, muito, pouco, pode melhorar…você me responderia a nível quantitativo, eu suponho.

Mas a pergunta que te faço é a nível de profundidade. São Tomás de Aquino descreve em sua obra “Tratado da Graça”, três níveis de gratidão.

O primeiro nível é o de reconhecimento intelectual – aquele em que somos gratos por educação, que fomos ensinados desde muito pequenos, um agradecimento para cumprir protocolos. É uma gratidão que vem do plano do intelecto, eu agradeço porque fui educado a fazê-lo.

O segundo nível é chamado de nível de agradecimento, quando nos regozijamos por algo que alguém fez por nós. É uma gratidão impulsionada por uma emoção. Você recebe algo tão bom, tem reconhecimento por isso e, portanto, agradece. É neste nível, em que normalmente estamos quando fazemos os exercícios de gratidão.

E o terceiro e mais profundo nível de gratidão é o nível do vínculo. É o nível em que nos sentimos tão gratos, que tamanha gratidão, leva a criarmos um vínculo com o outro. O nível do vínculo faz com que nos comprometamos com o próximo. De certa forma, estamos tão agradecidos que nos sentimos obrigados a retribuir de alguma forma.

E a retribuição é livre, pode ser devolvida a quem fez o bem ou pode ser espalhada pelo mundo, como vemos pessoas, por exemplo, que ficam curadas de câncer e se empenham em ações concretas para prevenção de outros, ou como aquelas pessoas que percebem a grandeza de Deus em suas vidas e oferecem algumas horas de trabalho voluntário em prol de alguma causa, ou aquele filho que por amor e gratidão, visita, dá atenção e cuida de um pai idoso, ou ainda, aqueles que sentem-se tão agradecidos em receber palavras de conforto e saem falando para todo mundo daquele texto que leu ou do vídeo bacana que assistiu.

Cada um encontra o seu jeito de retribuir…

Estamos expostos diariamente à oportunidades de exercer a gratidão nestes três níveis, ora estamos em um nível, ora em outro, e quando estamos no nível mais profundo, estamos experimentado alegrias e sensações que inundam nosso ser de gratidão e amor.

Diante destes níveis, eu refaço minha pergunta:

“Qual é o seu nível de gratidão?” Qual é o mais frequente em sua vida?

Eu celebro você neste dia, por ter lido mais esse artigo e agradeço porque você está aí do outro lado se desenvolvendo e se tornando melhor a cada dia.

E consequentemente, me fazendo melhor também!!

Obrigada!

Obrigada!

Obrigada!

Eu me sinto comprometida com você!!

Fique com Deus!

03 agosto 2017

Qual é o real valor e a dignidade da Santa Missa?

Texto retirado do site da Canção Nova


O sacrifício eucarístico nos é apresentado por meio da celebração da Santa Missa

Muitos cristãos vão à Missa sem saber o que estão celebrando. Como sabemos, o ser humano é motivado por aquilo que ele considera importante e necessário para sua vida. Mas como continuar participando da Eucaristia, se não existe motivação suficiente? Você sabe qual é o real valor da celebração da Santa Missa? Vamos, então, encontrar essa resposta a partir do ensinamento da Igreja.

Amor incondicional

A Igreja sempre acreditou nesta verdade, porém, com o Concílio Vaticano II, ficou ainda mais evidente que o sacrifício eucarístico é fonte e centro de toda a vida cristã. Na Carta Encíclica, Ecclesia de Eucharistia, de sua Santidade São João Paulo II, vemos que ele diz: “Na Santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo”. (Ecclesia de Eucharistia, n. 1).

É por esse motivo que, todos os dias, a Santa Mãe Igreja volta-se para o seu Senhor, presente no altar, onde descobre o seu amor incondicional. Na mesma Carta Encíclica, o Papa ainda diz: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém, em síntese, o próprio núcleo do mistério da Igreja”. (Ecclesia de Eucharistia, n. 1).

A Instrução Geral do Missal Romano afirma que, na “Eucaristia, culmina toda a ação pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, bem como todo o culto pelo qual os homens, por meio de Cristo, Filho de Deus, no Espírito Santo, prestam adoração ao Pai. Nela, comemoram-se também, ao longo do ano, os mistérios da Redenção, de tal forma que eles se tornam, de algum modo, presentes. Todas as outras ações sagradas e todas as obras da vida cristã com ela estão relacionadas, dela derivam e a ela se ordenam” (IGMR, n.16).

A Eucaristia é o dom mais precioso da Igreja

Na exortação Apostólica Pós-Sinodal, Sacramentum Caritatis, de nosso querido Papa emérito Bento XVI, ele diz que, na Celebração Eucarística, celebrada todos os dias, “o Senhor vem ao encontro do homem, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 27), fazendo-Se seu companheiro de viagem. Com efeito, neste sacramento, Jesus torna-Se alimento para o homem, faminto de verdade e liberdade” (Sacramentum Caritatis, n.2). O próprio Senhor, sabendo que só a verdade pode tornar verdadeiramente o homem livre (Jo 8, 36), Ele mesmo se faz alimento de verdade diariamente na Santa Missa para nós.  

Com essas palavras, a Igreja quer mostrar a máxima importância da celebração da Santa Missa, quer evidenciar a eficácia e dignidade da Celebração Eucarística, por ser a ação de Cristo e da Igreja. É possível que a má participação na Eucaristia seja consequência da não consciência do que está sendo celebrado.

Se todos os fiéis souberem o real valor da Eucaristia, participarão mais ativamente da Santa Missa. Tendo consciência de que a Eucaristia é o dom mais precioso da Igreja, teremos motivação suficiente para participarmos, se possível, todos os dias da Santa Missa.

Autor: Elenildo Pereira